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Arquivamento: MP-SC conclui investigação de possível mau uso de medicamento no HBR de Indaial.

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) decidiu arquivar o inquérito civil que apurava o possível uso imprudente de doses elevadas do medicamento Propofol em pacientes da UTI-Covid-19 no Hospital Beatriz Ramos, em Indaial. O inquérito havia sido instaurado em abril de 2022

A suspeita inicial era de que a administração do sedativo pudesse ter causado a chamada Síndrome de Infusão de Propofol e, consequentemente, a morte de pacientes. A denúncia apontava indícios de que pacientes internados no local haviam recebido mais do que o dobro do máximo de aplicações indicadas pelo fabricante – laboratório.

Além disso, foram registrados problemas renais em alguns pacientes, e que poderiam ter relação com óbitos ou Síndrome de Infusão de Propofol. O referido medicamento, quando aplicado em excesso, pode causar índices elevados de creatinina, ureia, trigicerídeos e etc – que sem um tratamento de hemodíalise, pode acarretar em insuficiência renal.

Após a abertura do inquérito, a Polícia Científica realizou uma perícia, cujo parecer médico-legal concluiu que “não foi possível afirmar que os pacientes desenvolveram a síndrome decorrente do uso da substância.”

Além disso, não foram encontradas provas que estabelecessem um nexo de causalidade entre o uso do Propofol e os óbitos registrados, o que inviabilizou o prosseguimento da investigação. Com isso, o inquérito foi arquivado.

Propofol

O medicamento, segundo a bula, é indicado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Ou seja, significa que o Propofol faz com que o paciente fique inconsciente ou sedado durante operações ou outros procedimentos.

Ele também é utilizado para sedação de pacientes que estejam em UTI com ventilação mecânica – casos que se tornaram comuns na pandemia de Covid-19.